terça-feira, 28 de julho de 2009

Reflexões

Senhor de meu destino,
Às vezes me ponho a racionalizar sobre mim mesma. Tento entender como minha dependência por Ti se tornou tão intensa. E, quanto mais penso, mais minha mente gira, numa espiral em que sua posse é a única coisa que consigo ver, num embaralhado de idéias, luzes e cores, que nada têm de lógico ou racional. É algo primitivo, uma necessidade, tão básica como respirar pra estar viva.
Não é um caminho de flores este que escolhi. É de tropeços, de pedras pontiagudas que me cortam os pés, de espinhos que me arranham a pele, árido e difícil de ser trilhado. Sigo, atrás de Ti, embora nem sempre possa vê-lo à minha frente, sei que meu Senhor ali está, ao fim de cada trecho, avaliando meus progressos, recriminando meus erros, expurgando minhas falhas. Cada ferida aberta pelos tombos do caminho, são a prova evidente e inegável do quanto sou imperfeita e do quanto necessito dos Teus cuidados para cicatrizar. Eu sei, no entanto, que poucos serão os remédios doces e indolores. Sei que, por merecimento meu, muitos serão amargos e dolorosos, aplicados sem piedade por meu Senhor, visando minha cura e superação.
De todas as minhas confusões, delírios e inseguranças, uma única certeza:
A TI, MEU DONO E SENHOR ABSOLUTO, PERTENÇO COMPLETAMENTE!
tua, de corpo e alma,
{aimée}DOM

O ato

Nossos corpos se abraçam,
as mãos se entrelaçam.
Nos olhos o desejo,
nas bocas que se unem
a ânsia dos beijos.
A respiração se entrecorta.
Minhas mãos acariciam seu corpo,
que responde ao meu
em busca da posse.

Meus seios, nas suas mãos,
duas taças que transbordam
o vinho do prazer.
Suas mãos, as minhas..
caminham entre nossas pernas,
buscando passagens secretas.

A fenda que umedece, se abre,
recebe o falo ereto
que penetra, mete, arremete,
se inunda de louco prazer...

Minha voz num sussurro,
tenta eliminar seu cansaço...
Sua fronte no meu colo pousa,
serena, em descaso...
Minhas mãos,
Qual plumas,
passeiam ávidas pelo teu corpo...

Minha boca te acaricia
e no mais profundo
do teu ser... Vem amparar teu gozo.

Sempre e mais, nos debatemos
nesse desejo louco,
que cresce, entumece, alaga e
despe nossas almas
e nos faz feliz, por ora...
Com tão pouco!
(Asta Vonzodas)